"O exílio é
uma ruptura com sua
terra, no caso com o Brasil, com o
tipo de trabalho lá desenvolvido, com uma realidade
formadora de toda uma vida. Nesse aspecto o exílio
é extremamente “cortante”. Mas é
também uma integração. Integração
com a luta do povo brasileiro, pela qual se paga um preço
da ruptura, e integração no conjunto das lutas
antiimperialistas – lutas que no meu caso foram também
uma descoberta. Talvez o que se aprenda com maior profundidade
no exílio é fazer a distinção,
entre a dimensão do tempo histórico e a do
tempo individual.(...) Só sobrevivem no exílio
– produzindo e contribuindo – aqueles que conseguem
se impor uma férrea disciplina de trabalho, um
constante voltar-se para o país que deixaram."
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